terça-feira, 9 de setembro de 2008

Sob a América Latina existe um mundo subterrâneo?

 

Reprodução

A existência de um mundo subterrâneo, tem rondado a mente de um grande número de investigadores a nível mundial, que encontram em diversas tradições antigas, a crença de que convivemos com uma civilização altamente desenvolvida que habita nosso subsolo. Ainda que não há provas oficiais que demonstrem a existência de uma civilização inteligente em galerias subterrâneas, existe sim inúmeras teorias e legados que falam da presença de seres similares a nós, porém mais avançados, habitando em baixo da Terra.
A partir de religiões antigas, podemos sugerir que algumas teorias apresentam suas deidades como parte desse mundo especial. Nas zonas mais sagradas da Ásia Lamaísta, estaria localizada a entrada para o mundo subterrâneo, já que nas tradições hindus, budistas, tibetanas, entre outras, sempre se falou da existência de um mundo mágico, habitado por seres altamente poderosos que regem os destinos da humanidade.
A esse reino de imortais se chamou Shamballa, capital o centro matriz de um grande paraíso chamado Agartha. Acredita-se que os grandes iniciados da história teriam tido conhecimento desse lugar, e só quando foram convidados podiam ingressar para nunca mais sair. Não há dúvida que ao ocidentalizar essas informações, tirando-as do contexto religioso e levando-as para uma visão mais prática, poderíamos entender que o grande reino e imortal de Shamballa não é mais que a interpretação oriental da existência de um mundo subterrâneo, em que, segundo a lenda, habitaria gente muito desenvolvida e evoluída espiritualmente.
A cada tempo sairiam para entregar as mensagens proféticas aos humanos mortais, o que deveriam cumprir cabalmente, demonstrando com ele sua suposta realidade magnificente. Dentro do conhecimento que existe sobre as civilizações que habitam o subsolo, está aquele que a relaciona com o ingresso de muitas culturas perdidas da Antigüidade. É o caso dos sobreviventes da Atlântida e que em sua migração a distintas partes do planeta, haviam optado por resguardar-se, tanto eles como seu conhecimento nessas galerias que conduzem ao intramundo.

Albergues subterrâneos
Ferdinand Ossendovsky, da Academia Francesa, constantemente narrava uma história que conheceu em terras asiáticas, especificamente na Mongólia. Essa lhe foi contada pelo príncipe Chultun Beyli e seu Grande Lama, que disse: “Em outros tempos existiam dois continentes muito desenvolvidos, um se encontrava no Pacífico, e outro no Atlântico. Logo com o tempo, desapareceram debaixo das águas dos oceanos, porém parte de seus habitantes emigraram e encontraram refúgio em vastos albergues subterrâneos. Essas covas eram iluminadas por uma luz especial de cor verde, que permitiu o crescimento de plantas e assegurou a sobrevivência de uma tribo perdida da humanidade pré-histórica que alcançou posteriormente o mais alto nível de conhecimento”.
Na zona sul da América, podemos encontrar muitas entradas misteriosas que dariam passagem a um emaranhado de galerias subterrâneas que atingiriam todo continente. A Cova dos Tayos seria uma importante quantidade de cavidades subterrâneas que se encontram na Cordilheira do Condor, na Amazônia equatoriana, fronteira com o Peru. Esse setor é jurisdição dos índios Shuara ou Jíbaros, que por centenas de anos têm custodiado a existência dos Taltos, homens altos e pele branca que sairiam em certas ocasiões das entranhas da Terra para estabelecer contato com o ser humano.
A principal entrada a estas galerias, seria uma caverna chamada Tayos, nome derivado da grande quantidade de pássaros que habitam esse lugar. A última grande exploração que se desenvolveu nesse lugar foi liderada por uma equipe de televisão japonesa, que pretendeu avançar cerca de 14 km, sem poder seguir por falta de oxigênio. A Serra do Roncador (MT), sem dúvida, é um dos lugares mais místicos do Brasil. No ano de 1925 o explorador inglês Percy Harrison Fawcett, desapareceu nesse lugar junto com seu filho Jack e o amigo Raleigh Rimel.
A expedição se converteu em lenda, já que objetivo máximo, era encontrar as chaves da cidade Atlantes que estaria intacta e que sua entrada se situaria numa cavidade subterrânea. Até nossos dias, ainda há aventureiros que esperam encontrar esse lugar que havia absorvido a muitos anos aqueles exploradores ingleses. Nas selvas do Peru, se encontra uma das lendas mais importantes da história, onde se oculta uma grande ruína inca. Conta que no ano de 1533, seu refúgio em um emaranhado de túneis que começavam no Templo de Koricancha [Templo do Sol] e terminavam nas zonas inóspitas da floresta amazônica. Acredita-se que nesse lugar se encontra o símbolo mais importante e poderoso do império incaico, chamado Disco Solar. Na rota explorada em busca do el Paititi, se encontra um muro com símbolos que dariam as chaves para o ingresso a esse mundo subterrâneo, já que os mesmos indígenas Machiguengas, guardiãos do lugar, dizem que dentro dele vive gente.
Na fronteira entre Peru e Bolívia se encontra finamente delineada uma cavidade em certa montanha, e que possui uma porta cega. Esse lugar foi encontrado por acaso por um morador da cidade de Puno, no Peru. Acredita-se que essa porta se abre constantemente nas noites e que dali saem homens vestidos de branco. Por essa razão, moradores de regiões próximas a chamam de Porta do Diabo. Pesquisas no local confirmam essa teoria e consideram como uma das provas mais claras da existência de uma realidade paralela.
Na Argentina um lugar muito especial teria uma relação direta com o mundo subterrâneo. Está situado na província de Córdoba, a poucos quilômetros de Capilla del Monte. Acredita-se que nesse local se encontra uma das entradas mais importantes do mundo subterrâneo. É conhecido como Erks, por causa de um personagem muito particular chamado Angel Cristo Acoglanis, que supostamente se contatava com um ser desse mundo. Sem dúvida, a grande publicidade que se faz, tem gerado uma avalanche de turistas que vão em busca de respostas espirituais, já que uma das características mais chamativas é que a região ao redor possui muitos setores energéticos, como é o caso dos Terrones.
Dentro das historias mais conhecidas da conquista do Chile, está a da cidade encantada de “los Césares”, que se encontra na fronteira chileno-argentina. No século XVI, Francisco de César, enviado a América pelos reis da Espanha, havia falado pela primeira vez dessa misteriosa cidade nas regiões patagônicas da América. Logo o mito correu todo o território, gerando um sem fim de expedições em busca daquele lugar que guardava grandes quantidades de outro e prata. Porém nunca foi encontrada. Passado centenas de anos, acredita-se que a cidade dos Césares, é só uma das entradas do grande mundo que se encontra no sul, e que estaria inserida em pleno complexo andino.
Nas zonas mais frias da Antártida se encontraria uma cidade subterrânea habitada por uma civilização altamente técnica, que em diversas ocasiões tem tentado advertir o mundo do perigo que a humanidade corre ao experimentar armamentos nucleares. Assim nasce a história narrada pelo Almirante da Força Aérea Norte-Americana, Richard Byrd, que asseverou no ano de 1947 que em uma de suas explorações aéreas a essas regiões, ingressou a essa cidade por uma força muito poderosa, onde teve contato com estes seres que lá residiam.

As condições de debaixo da terra
Hoje é difícil que a Ciência aceite essa teoria, já que as condições abaixo do solo não são as melhores para desenvolver uma cultura de seres humanos, a não ser que sua forma de existência fora muito diferente ao que hoje conhecemos. Porém, seria possível a existência de um mundo subterrâneo em nosso planeta e a capacidade deste daria para abrigar um mundo tão magnífico? Atualmente calcula-se, que a crosta terrestre tenha uma espessura próxima a dois mil quilômetros, porém há geólogos que pensam que ela não passaria dos 30 a 40 quilômetros.
Até hoje a escavação mais profunda não ultrapassa os 12 km, o que não dá uma visão objetiva da espessura destas capas, e menos de sua capacidade interna. Acredita-se que a Terra seria algo assim como que um queijo, é dizer um objeto sólido coberto de galerias que terias às vezes, condutores e comunicadores, algo assim como atalhos com outras realidades. Supõe-se que de baixo da crosta terrestre só haveria magma, um núcleo gigantesco em estado de fusão, e que chegaria até temperaturas que passariam dos dois mil graus centígrados.
Obviamente isto é um inferno real em pleno globo, porém até nossos dias, nada se pôde comprovar que isso não aceite a possibilidade de um mundo interno, sempre assumindo que as condições foram modificadas através de alta tecnologia, para a sobrevivência.

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Autor: Camilo Valdivieso, Tradução: Atílio Coelho, Equipe UFO

Fonte: Terra Netoworks Chile S.A.

Crédito da foto: http://www.eltrebolchacabuco.com.ar/eltrebolchacabuco/relatos-viajes/capilla-del-monte2.jpg