quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cientistas voltam as atenções para a atividade solar em 2011

DA FRANCE PRESSE

O próximo ano será marcante para o clima no espaço, pois o Sol despertará de uma fase de baixa atividade, dando início a um anunciado período de turbulência.

Muitas pessoas podem se surpreender ao saber que o Sol, ao invés de queimar com uma consistência ininterrupta, oscila em momentos de calmaria e agitação.

Mas após dois séculos de observação das manchas solares --marcas escuras, relativamente frias na superfície do sol, vinculadas com poderosas forças magnéticas-- revelaram que a nossa estrela obedece a ciclos de comportamento de cerca de 11 anos.

Nasa

Ano de 2011 será marcante para o clima no espaço; o Sol passará de fase de baixa atividade para outra de turbulência

Ano de 2011 será marcante para o clima no espaço; o Sol passará de fase de baixa atividade para outra de turbulência

O último começou em 1996 e, por motivos que ainda permanecem obscuros, levou mais tempo que o previsto para terminar.

Agora, no entanto, há cada vez mais indícios de que o Sol está deixando o seu torpor e intensificando sua atividade enquanto avança para aquilo que os cientistas convencionaram chamar de "Solar Max" ou clímax cíclico, afirmam especialistas.

"A última previsão indica meados de 2013 como a fase pico do ciclo solar", antecipou Joe Kunches, do Centro de Previsões do Clima Espacial da Nasa. "[Mas há um período prolongado de alta atividade], mais como uma estação, com duração de cerca de dois anos e meio" para cada fase do pico, alertou.

Em seu período mais intenso, o Sol pode lançar ondas de radiação eletromagnética e matéria carregada conhecida como ejeções de massas coronais (CMEs).

Esta onda de choque pode levar alguns dias para alcançar a Terra. Quando chega ao nosso planeta, condensa seu campo protetor magnético, liberando energia visível em altas latitudes na forma de auroras boreal e austral --as famosas luzes do Norte e do Sul.

Mas as CMEs não são apenas belos eventos. Elas podem desencadear descargas estáticas e tempestades geomagnéticas capazes de romper ou até mesmo causar pane na infraestrutura eletrônica da qual depende nossa sociedade urbanizada e obsecada por se manter conectada.

Menos temidos, porém igualmente problemáticos, são as erupções de prótons supercarregados que alcançam a Terra em questão de minutos.

Na linha de frente estão os satélites de telecomunicações em órbita geoestacionária, a uma altitude de 36.000 km, e os satélites do Sistema de Posicionamento Global (GPS), dos quais dependem os aviões e os navios modernos para navegação e que orbitam a 20 mil quilômetros.

Em janeiro de 1994, descargas de eletricidade estática provocaram uma pane de cinco meses no satélite de telecomunicações canadense Anik-E2, uma falha que custou US$ 50 milhões.

Em abril de 2010, a Intelsat perdeu o Galaxy 15, usado no serviço de comunicações na América do Norte, depois que o link com o controle de solo foi cortado, aparentemente devido à atividade solar.

"Estas são falhas totais nas quais todos nós pensamos", disse Philippe Calvel, engenheiro da empresa francesa Thales. "Ambas foram causadas por CMEs", emendou.

Em 2005, raios-X de uma tempestade solar cortaram a comunicação entre o satélite e o solo e os sinais de GPS por cerca de dez minutos.

Para dar conta da fúria solar, projetistas de satélites escolhem componentes robustos, testados e experimentados, bem como proteção para o equipamento, mesmo que isto o deixe mais pesado e volumoso, e portanto mais caro de se lançar, disse Thierry Duhamel, da fabricante de satélites Astrium.

Outra precaução é a redundância, isto é, ter sistemas de backup para casos de mau funcionamento.

Na Terra, linhas de transmissão, conexões de dados e até mesmo oleodutos e gasodutos são potencialmente vulneráveis.

Um alerta remoto de risco remonta a 1859, quando a maior CME já observada ocasionou auroras avermelhadas, roxas e verdes mesmo em latitudes tropicais. A então recém-desenvolvida tecnologia do telégrafo enlouqueceu. Correntes induzidas geomagneticamente nos cabos deram choques em operações de telégrafos chegaram a incendiar os telegramas.

Em 1989, um fenômeno bem mais sutil cortou a energia do gerador da canadense Hydro Quebec, provocando um blecaute de nove horas que afetou seis milhões de pessoas.

"Há muito o que desconhecemos sobre o Sol. Mesmo no suposto declínio ou fase de calmaria, podemos ter campos magnéticos que são muito concentrados e energizados por um tempo, e podemos ter atividade eruptiva atípica. Para resumir, temos uma estrela variável", concluiu Kunches.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cienci

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sonda Cassini captura imagem de tempestade em Saturno

Espaço - 21h45 -  A Sonda espacial Cassini capturou a imagem de uma gigantesca tempestade em Saturno, no hemisfério norte do planeta. Foto: AFP

Imagem captada pela sonda Cassini, da Nasa, mostra em branco a tormenta no hemisfério norte de Saturno
Foto: AFP

A sonda espacial Cassini capturou a imagem de uma gigantesca tempestade em Saturno. A foto obtida no dia 24 de dezembro mostra em branco a tormenta no hemisfério norte do planeta. As informações são da agência AFP.

As tormentas em Saturno são comuns, mas segundo o site Space.com, a tempestade captada pela sonda Cassini, da Nasa, é maior que o normal e bilha mais que os próprios anéis do planeta.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia

sábado, 25 de dezembro de 2010

Força Aérea Argentina pode formar comissão de pesquisa sobre o Fenômeno UFO

2011 iniciará sob fortes e positivas expectativas na América do Sul

Estudos oficiais da presença alienígena na Terra. Crédito: Ultradownloads

Numa matéria ufológica levada ao ar dia 22 na TV, o chefe de comunicação institucional da Força Aérea Argentina (FAA), comodoro Guillermo Tealdi, confirmou ao noticiário Telefe [A partir do 10º minuto da matéria] que existem alguns casos aos quais não conseguiram catalogar, esclarecendo que a missão da Força é conservar a segurança do espaço aéreo.
Nos bastidores da reportagem, no entanto, Tealdi comentou à jornalista que haverá novidades com respeito a criação de um grupo de estudo entre militares e cientistas.
A luta de tantos pesquisadores argentinos através das décadas pode chegar a obter o prêmio de ver realizado um sonho, e esperam que tal iniciativa seja levada adiante, como também saibam aceitar e analisar os trabalhos que, com muitíssimo esforço, se realizaram sob vontade e vocação de tantos.
Como investigadores, ufólogos do país vizinho mostraram-se dispostos a acompanhar e auxiliar no que seja necessário, buscando a verdade, abertura e verificação científica da Ufologia, de um ponto de vista completamente racional, avançando neste sentido.
A Comissão de Estudos do Fenômeno OVNI da República Argentina (Cefora), formada no início de 2009 por ufólogos civis [Saiba mais em entrevista exclusiva com Silvia e Andrea Simondini, consultoras da Revista UFO, na sua edição 165] espera também conseguir a desclassificação que muitos países realizaram, a exemplo do Brasil e a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Tal notícia reaviva esperanças de que também o governo argentino faça sua parte e seja através da pesquisa científica e responsável, somando-se às demais nações Sul-americanas que mantêm seus órgãos oficiais de investigação ao Fenômeno UFO, tais como o Uruguai com a Comissão Receptadora e Investigadora de Denúncias de Objetos Voadores Não Identificados (Cridovni), o Peru na Oficina de Investigações de Fenômenos Aéreos Anômalos (OIFAA), como também Chile e o Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos (CEFAA).
Aqui no Brasil, ainda nos anos 60, o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) em São Paulo realizava este trabalho. Arquivos do Sioani podem ser baixados aqui no Portal da Ufologia Brasileira, no endereço: http://www.ufo.com.br/documentos/novos/. Organograma e detalhamento da Central de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Cioani) também estão disponíveis.
A CBU possui propostas de reativação oficial ao extinto Sioani, em parceria entre Aeronáutica e pesquisadores interdisciplinares.
O pioneiro ufólogo cubano
Virgilio Sánchez-Ocejo, radicado nos EUA e diretor do Miami UFO Center, lembrou que desde 1980 ou antes, a Força Aérea Argentina (FAA) vinha estudando UFOs de forma discretíssima, bem longe dos ufólogos e sociedade civil. "Gostaria de sugerir aos investigadores argentinos que, além da participação dos pesquisadores na tal comissão oficial, peçam também que dêem a conhecer publicamente os arquivos ufológicos estudados pela FAA", disse Ocejo.
"É bom ficarmos de olho. Recordemos e tomemos como experiência a do Dr. J. Allen Hynek, que depois de estar intimamente ligado à Força Aerea Norte-Americana (USAF) para assuntos ufológicos por mais de 20 anos, descobriu que os melhores reportes e relatórios nunca passaram por suas mãos. A USAF o manteve enganado e foi utilizado somente para dar explicações astronômicas em casos com pouca ou nenhuma importância ufológica real", recordou o veterano ufólogo.
"Por esta razão desvinculou-se da Força Aérea e criou o Center for UFO Studies (CUFOS), uma organização onde poderia finalmente receber os casos importantes", finalizou Ocejo.

Portal da Ufologia Brasileira, link: http://www.ufo.com.br/noticias/forca-aerea-argentina-pode-formar-comissao-de-pesquisa-sobre-o-fenomeno-ufo

Contatado: sinais de extraterrestres

Contactados: las señales extraterrestres

Entre a revelação e o mistério, existem mundos paralelos na versão daqueles que dizem que existe vida além da Terra.

O avanço da tecnologia nos permite ser cada vez mais conectado. Toda a gente escolhe como eles se relacionam com os outros. Alguns foram mais longe e conseguiram superar os laços do nosso planeta.
De acordo com Luis Burgos (54 anos), presidente da Fundação de Ufologia Argentina, a Argentina é classificada como a maior e melhor dos casos de atividade UFO. Desde 1947, houve 5.000 casos, incluindo aparições, fotos, impressões digitais ou contatos.
Os alienígenas não pousam em qualquer lugar. Já os pontos quentes ou ativos em nosso país, são a província de La Pampa, Córdoba, e algumas regiões de Entre Rios e Salta. Em Buenos Aires é a área conhecida como El Nido e do chamado Corredor Oeste.

O que é um OVNI?
Definido por sua própria sigla: Objeto Voador Não Identificado. Talvez o fenômeno UFO é, de todos os mitos que povoam o mundo da realidade alternativa a mais famosa. Cerca de 4% da população mundial admite ter visto um OVNI.

 
ARGENTINA: TERRA UFO
É o 2 º país no mundo com o maior número de mutilações de gado. Na década de 60, Mar del Plata e Bahía Blanca estavam entre as primeiras áreas do mundo das aparições de UFOs. Para isto é preciso acrescentar impressionantes fotos de UFOs  recebidas nas últimas duas décadas.
Houve casos de contato do PAMPA a par com outros países, México, Estados Unidos, Chile, etc A única coisa é que estamos em desvantagem no número de casos observados de humanóides, bem como o quarto de hóspedes, cujo país pioneiro são os EUA.
Argentina detém o recorde mundial de POUSO DE UFOS: Aconteceu em 1985 em um campo de Atalaya,  em Magdalena, Bs As, onde foi "detectado" 150 marcas em um único campo. Nunca antes ou depois de um evento como esse, foi registrado.
As grandes "ondas" desses objetos foram produzidos em 1965, 1968 (o ano de maior índice), 1978, 1985 e 2008 (mais de 550 casos notificados).
CÁLCULOS ESTATÍSTICOS DE ACORDO COM AS FONTES DA ARGENTINA, a próxima grande onda será em 2015 onde muitos  esperavam que seriam em 2012 .

Fonte: http://telefenoticias.com.ar/informes/1442

Turistas invadem vilarejo francês em busca de garagem alienígena

Estacionamento de ovnis está causando uma invasão de turistas<br /><br />. Foto: AFP

"Estacionamento de ovnis" está causando uma invasão de turistas
Foto: AFP

Uma montanha no sudoeste da França, considerada por grupos esotéricos como um "estacionamento de ovnis", está causando uma invasão de turistas que procuram extraterrestres em um pequeno vilarejo da região.

Pessoas que temem o Apocalipse, que segundo o calendário Maia ocorreria em 2012, também estão procurando refúgio no vilarejo rural de Bugarach, que possui apenas cerca de 200 habitantes e se situa no sudoeste da França, próximo à fronteira com a Espanha.

"Estamos preocupados. Vemos na internet que há doidos prevendo o fim do mundo em 2012 e dizendo que Bugarach é o lugar para onde as pessoas devem ir para se salvar", afirma o prefeito do vilarejo, Jean-Pierre Delord.

"Inúmeras pessoas, franceses e estrangeiros, já alugaram casas aqui prevendo o fim do mundo em 2012. Já faz algum tempo que eles vêm se instalando em Bugarach e eles se conhecem todos", afirmou o prefeito ao jornal L'Indépendant, de Perpignan, nos arredores do vilarejo.

Lugar 'mágico e sagrado'
Bugarach fica ao pé da montanha de mesmo nome, que é considerada por esotéricos como um local "mágico" e "sagrado", que seria preservado no Apocalipse.

Vários "mistérios", na avaliação de grupos esotéricos, envolvem a montanha e são comentados em inúmeros sites na internet.

Um dos rumores é o de que Ovnis teriam sido vistos no local e que o pico de Bugarach, com 1,2 mil metros, seria uma "garagem de discos voadores".

O topo da montanha teria "estranhas cavidades" que abrigariam uma base subterrânea para naves espaciais, que alguns afirmam ter visto aterrissar no local.

Na internet, circulam rumores de que satélites espiões franceses teriam visto essas cavernas na montanha. Outros boatos afirmam que aviões não podem sobrevoar a área porque os instrumentos de voo ficariam desregulados.

Também existem rumores de que o ex-presidente François Mitterrand teria visitado a montanha secretamente.

'Passos dos extraterrestres'
Em razão dos boatos sobre a presença de alienígenas em Bugarach, vários grupos e associações de esotéricos visitam o vilarejo para observar o suposto fenômeno e organizam "seminários" com temas insólitos como "caminhar nos passos dos extraterrestres".

Segundo o prefeito, as pessoas que vêm de fora compram casas em locais isolados na região para realizar "estágios" voltados ao assunto.

"Antes, 72% da minha clientela era de pessoas que faziam caminhadas na montanha. Hoje, 68% são visitantes ligados ao esoterismo", afirma Sigrid Benard, gerente da Casa da Natureza, uma das raras estruturas de hospedagem do vilarejo.

Os moradores e as autoridades locais se dizem fartos dos turistas esotéricos. Alguns deles podem ser vistos rezando nus na montanha.

"Ninguém jamais tinha ouvido falar de todos esses absurdos que circulam sobre a montanha", afirma Gilbert Cros, vice-prefeito de Bugarach, que lamenta "a má imagem de marca" de Bugarach.

Também existem rumores de que no local poderiam ser encontrados o Santo Graal ou o tesouro dos Templários.

O prefeito não descarta a possibilidade de pedir ajuda ao exército francês para cercar o vilarejo se o fluxo de pessoas que se instalam ali para sobreviver ao Apocalipse continuar aumentando.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4857368-EI238,00-Turistas+invadem+vilarejo+frances+em+busca+de+garagem+alienigena.html

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Militares da Nova Zelândia divulgam arquivos sobre OVNIs


WELLINGTON (AFP) - As Forças Armadas da Nova Zelândia divulgaram nesta quarta-feira milhares de relatórios até então classificados como confidenciais que detalham casos envolvendo avistamentos de Objetos Voadores Não-identificados (OVNI) e encontros alienígenas.

Em cerca de 2 mil páginas de documentos, civis, pessoal militar e pilotos comerciais relatam encontros imediatos, geralmente envolvendo luzes que se movem pelo céu.Os relatórios, que datam de 1954 a 2009, foi liberados pela lei de liberdade de imprensa depois que a Força de Defesa neozelandesa removeu nomes e outros elementos de identificação.

Alguns dos relatos incluem desenhos de discos voadorews, descrições de alienígenas usando "máscaras de faraó" e suposto material de escrita extraterrestre.
Antes de sua liberação, o líder do esquadrão da Força Aérea Kavae Tamariki informou que a Força de Defesa não tem recursos para investigar os avistamentos de OVNIs e que não poderia comentar o conteúdo dos arquivos.
"Apenas fizemos uma coletânia das informações. Não investigamos ou fazemos relatórios, não confirmamos nada neles", declarou ao Dominion Post.
Um dos relatos diz respeito ao avistamento de estranhas luzes na cidade de Kaikoura, litoral de South Island, em 1978, que foram registradas em vídeo por uma equipe de Tv local a bordo de um avião.
O incidente ganhou as manchetes internacionais na ocasião, mas a Força Aérea explicou que se tratou apenas ou de um fenômeno natural no qual as luzes dos navios se refletiram nas nuvens ou então foi uma visão incomum do planeta Vênus.
Os documentos originais nos quais esses relatórios se basearam permanecerão guardados no Arquivo Nacional até 2080.

sábado, 18 de dezembro de 2010

A busca por vida extraterrestre: "Seríamos todos nós marcianos?"

O lago Mono, na Califórnia, onde a Nasa encontrou uma bactéria diferente de tudo o que já foi visto
DER SPIEGEL
Cientistas da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço, a agência espacial dos Estados Unidos) anunciaram recentemente que descobriram um organismo que utiliza arsênico, em vez de fósforo, no seu metabolismo. O geólogo Dirk Schulze-Makuch deu uma entrevista a “Der Spiegel” a respeito dessa descoberta e da probabilidade de que a vida possa existir em outros planetas.

Spiegel: Cientistas da Nasa descobriram estranhas bactérias no Lago Mono, na Califórnia. Os micróbios incorporam arsênico, que geralmente é venenoso para os seres vivos, às suas células. Essas bactérias são oriundas de um outro planeta?

Dirk Schulze-Makuch: Não, essa hipótese pode ser descartada. As bactérias que utilizam arsênico não surgiram independentemente de outros organismos na Terra. Assim como todos os micróbios, elas se multiplicam melhor quando existe uma quantidade suficiente de fósforo por perto. Elas só usam arsênico quando não há fósforo suficiente – mendicantes não podem se dar ao luxo de escolher. As bactérias com arsênico são um exemplo maravilhoso da adaptabilidade dos micro-organismos.

Spiegel: O que essa descoberta significa para a busca por formas de vida inteligente?

Schulze-Makuch: A bactéria que contém arsênico nos ajuda a ampliar os nossos horizontes. Se é possível encontrar organismos tão exóticos aqui na Terra, que criaturas estranhas não poderiam existir em outros planetas? Nós temos que nos livrar dessa ideia de que formas de vida alienígena serão parecidas com aquilo que conhecemos na Terra.

Spiegel: Você pode imaginar que tipo de diferença existiria entre a vida terrestre e as formas de vida extraterrestre?

Schulze-Makuch: A nossa fixação com a noção de que o oxigênio é essencial à vida já é uma ideia limitada. Esse elemento agressivo provoca danos às nossas células na forma de radicais livres. Talvez organismos que habitem outras regiões do espaço tenham encontrado uma alternativa mais suave. Quando nós enviarmos sondas espaciais a outros mundos, devemos esperar o inesperado. A vida é capaz de surgir em qualquer lugar: em mares venenosos ou em nuvens quentes.

Spiegel: E onde as bactérias resistentes ao arsênico viveriam?

Schulze-Makuch: Micróbios comedores de arsênico provavelmente se sentiriam em casa no nosso planeta vizinho, Marte. As condições ambientais marcianas são bastante apropriadas para eles. Dados obtidos por sondas robotizadas que pousaram em Marte podem ser de fato interpretados como evidência de vida bacteriana. No entanto, seria possível que qualquer forma de vida eventualmente encontrada em Marte não fosse realmente alienígena, mas sim um tipo de parente nosso.

Spiegel: Como assim?

Schulze-Makuch: Há quase quatro bilhões de anos, Marte era um planeta bem apropriado à sustentação da vida, dotado de enormes rios e lagos. Naquela época, os primeiros organismos primitivos apareceram na Terra. Essas formas de vida unicelular provavelmente chegaram ao nosso vizinho, o planeta Marte, viajando em meteoritos e se estabeleceram por lá. É possível que descendentes daquelas bactérias primitivas possam ter sobrevivido em rachaduras e frestas do terreno marciano até hoje. E a possibilidade oposta é igualmente fascinante: a vida poderia ter começado em Marte e, a seguir, chegado à Terra em um meteorito. Isso faria surgir a questão: seríamos todos nós marcianos?

Spiegel: Que planeta no nosso sistema solar tem maior probabilidade de sustentar uma forma de vida que contraste significativamente com a vida na Terra?

Schulze-Makuch: O distante Titã, uma lua de Saturno, parece ser completamente diferente para nós. A temperatura na sua superfície é de 160ºC negativos, e a sua atmosfera não contém oxigênio. Em vez de água, os seus lagos são formados de gás natural em estado líquido. Metano cai do céu em forma de chuva, e a paisagem faz lembrar o cenário que se seguiria a um vazamento de petróleo na Antártida. Se descobríssemos vida lá, ela certamente seria completamente diferente da vida como a conhecemos na Terra.

Spiegel: E quais são as probabilidades de que haja vida em Titã?

Schulze-Makuch: Surpreendentemente elevadas! Na ilha de Trinidadee, no Caribe, existe uma reserva natural de asfalto chamada Pitch Lake, que é alimentada por substâncias oleaginosas oriundas da crosta terrestre. É uma atração turística. As condições são parecidas com aquelas de um lago de Titã. A minha equipe e eu recentemente coletamos amostras no local em busca de indícios de vida.

Spiegel: E que resultados vocês obtiveram?

Schulze-Makuch: Para a nossa surpresa, nós encontramos massas de bactérias que transformaram longas cadeias de carbono em metano no lago de asfalto. Ninguém sabe ainda como essas criaturas foram capazes de sobreviver na ausência praticamente total de água. E se considerarmos que tantos micro-organismos sobrevivem no lago de asfalto, isso também deve ser possível em Titã.

Spiegel: Mas isso está longe de se constituir em uma prova.

Schulze-Makuch: É claro que não é prova alguma. Nós teremos um quadro mais claro quanto a isso pela primeira vez quando uma missão feita com uma sonda robotizada explorar Titã. A descoberta das bactérias dotadas de arsênico e das bactérias do asfalto demonstram, no entanto, que quando a vida for descoberta em um outro planeta, ela encontrará uma maneira bioquímica de sobreviver. O único problema é que, infelizmente, nós não sabemos como exatamente a vida teve início na Terra – e muito menos como ela poderia se desenvolver em um outro planeta.

Entrevista conduzida por Olaf Stampf
Tradução: UOL
Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/derspiege

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Faltam provas para indícios extraterrestres encontrados diariamente, diz meio científico

 

DA ASSOCIATED PRESS

Um punhado de novas descobertas parece indicar que não estamos sozinhos e há vida em outro lugar do Universo.

Recentemente, os cientistas relataram que há três vezes mais estrelas do que se pensava antes. Outro grupo de pesquisadores descobriu uma bactéria que pode viver com arsênio --o que amplia a compreensão de como a vida prospera em ambientes considerados difíceis. Neste ano, astrônomos disseram pela primeira vez que haviam encontrado um planeta potencialmente habitável.

"A evidência está ficando cada vez mais forte", diz o diretor do Instituto de Astrobiologia da Nasa (agência espacial dos EUA), Carol Pilcher, que estuda as origens, a evolução e as possibilidades de vida no Universo. "Acho que todos que olham para isso vão dizer 'tem que ter vida lá fora'."

AP/Nasa

Além de Marte (foto), cientistas acreditam que vida pode ser encontrada na lua de Júpiter e em luas de Saturno

Além de Marte (foto), cientistas acreditam que vida pode ser encontrada na lua de Júpiter e em luas de Saturno

Contudo, se a maior parte dos estudos é relativamente nova, os cientistas ainda debatem sobre a solidez dessa conclusão. Outra razão para apaziguar os ânimos é que a busca por vida começa em proporções pequenas, praticamente microscópicas, e se abre para um cenário maior e mais complexo. Ou seja, os primeiros sinais de vida em outros lugares podem estar mais próximos de um singelo fungo do que propriamente de um ET.

CRENÇA CIENTÍFICA

O achado da bactéria, divulgado na semana passada, ampliou a definição do que é vida e, segundo dez cientistas entrevistados pela agência de notícias Associated Press, todos concordam que a probabilidade de vida extraterrestre é maior do que nunca.

Seth Shostak, astrônomo sênior do Instituto Seti, na Califórnia (EUA), comenta que, diante dos indícios, acreditar que a Terra é o único local a abrigar vida é como crer em milagres. "E astrônomos não têm a tendência de acreditar neles", diz.

Os astrônomos aceitam provas, mas não há ainda uma concreta de vida ET. Não há alienígenas verdes ou mesmo uma bactéria que os cientistas possam apontar e dizer que está viva e tem origem alienígena.

De acordo com cientistas, se a vida vai ser encontrada, Marte é um candidato mais provável --exatamente em seu subsolo, onde há água. Outras possibilidades incluem a lua de Júpiter, Europa, e as luas de Saturno, Encélado e Titã.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

Planeta com alta concentração de carbono teria 'montanha de diamante'

Corpo celeste a 1.200 anos-luz da Terra abriga mais carbono que oxigênio.

Da BBC

Uma equipe de astrônomos da Grã-Bretanha descobriu o primeiro planeta com altíssimas concentrações de carbono, o que possibilitaria a existência de planetas inteiros feitos de diamantes.

Os cientistas detectaram a radiação de calor de um planeta a 1.200 anos-luz da Terra, batizado de Wasp 12b, com o telescópio Spitzer da Nasa e calcularam a atmosfera do planeta.

Wasp 12b poderia abrigar montanhas compostas por diamanteWasp 12b poderia abrigar montanhas compostas por diamante (ilustração: reprodução BBC)

Marek Kukula, cientista do Observatório Real de Greenwich, em Londres, afirma que existem planetas menores no universo que tem a mesma composição, rica em carbono. E pode ser que suas rochas, ao invés de serem de sílica, são feitas à base de carbono, como o grafite usado em lápis ou até diamantes.

A descoberta sugere que podem existir planetas do tamanho da Terra em nossa galáxia que seriam muito ricos em carbono, porém diferentes da Terra. Segundo as teorias, estes planetas seriam cobertos por rochas de diamantes, que poderiam formar as montanhas e o terreno em geral.

Além disso, ao invés de mares, haveria lagoas de piche.

O especialista em diamantes da joalheria De Beers Robert Cheng, alerta que talvez as pedras de outro planeta não sejam o que todo mundo imagina. Ele lembra que diamantes aqui na Terra já têm formas e texturas diferentes, por isso, não se pode saber como um diamante de outro planeta seria.

O novo planeta Wasp 12b é o primeiro a ter mais carbono que oxigênio. Ele é um gigante de gás, como Júpiter, composto em sua maior parte de hidrogênio.

O centro do planeta pode ser composto de alguma forma de diamante, grafite e outros compostos de carbono. E agora, os cientistas vão tentar descobrir se planetas como este são comuns.

Fonte: http://g1.globo.com