quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Explosão programada sobre o Pacífico encerra missão do cargueiro espacial Júlio Verne à ISS

O GloboAgências internacionais

O MOMENTO da explosão do veículo espacial Julio Verne na reentrada da Terra - Reuters

RIO - O cargueiro espacial europeu Júlio Verne, que foi lançado no dia 9 de março levando provisões e combustível para a Estação Espacial Internacional (ISS), se desintegrou na sua reentrada na atmosfera terrestre como estava previsto, nesta segunda-feira. Após uma complicada manobra final que o tirou de sua órbita com o objetivo de desacelerá-lo, o cargueiro entrou na atmosfera da Terra às 10h31m (horário de Brasília), numa altitude de 120 quilômetros. Quando se encontrava a 75 quilômetros de altura, sobre uma área sem ilhas do Pacífico Sul, a nave de 13, toneladas e 1,3 bilhão de euros se desintegrou. Destroços do cargueiro caíram no oceano, segundo informou a Agência Espacial Européia (ESA).

O veículo esteve acoplado à ISS por cinco meses fornecendo alimentos, trajes, peças de reposição e equipamentos como o que foi utilizado para aumentar a órbita da Estação. A última missão da Júlio Verne antes de separar-se da ISS foi retirar da Estação 2,5 toneladas de resíduos. A idéia era justamente explodí-los junto com o veículo na reentrada da Terra.

- A missão constitui um avanço excepcional num ano particularmente bom para os programas de vôos tripulados da ESA - afirmou a diretora de missões da agência, Simoneta di Pippo.

Segundo a diretora, junto ao laboratório Columbus, o Júlio Verne mostra a maturidade européia em matéria de construção, lançamento e de controle de uma infra-estrutura espacial.

- A Europa deu um novo passo no desenvolvimento de uma tecnologia que permitirá colocar em órbita carga e astronautas e fazê-los retornar em segurança à Terra - afirmou Simoneta, lembrando que a próxima etapa do programa é, justamente, criar um novo cargueiro que não precise ser destruído na reentrada da atmosfera. - Essa tecnologia contribuirá para definir o futuro dos vôos espaciais tripulados seja para a ISS seja para futuras atividades de

O sucessor do Júlio Verne está sendo fabricado atualmente na planta industrial do EADS Astrium em Bremen, na Alemanha.

Fonte: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2008/09/29/explosao_programada_sobre_pacifico_encerra_missao_do_cargueiro_espacial_julio_verne_iss-548465341.asp