terça-feira, 23 de junho de 2009

Sondas chegam à Lua e primeira manobra é feita com sucesso, segundo a Nasa

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

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A Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, informou nesta terça-feira (23) que as sondas LRO e LCross, enviadas no dia 18, alcançaram a órbita da Lua com sucesso nesta manhã às 7h27 (horário de Brasília). Elas vão analisar a Lua em busca de sinais de gelo e de locais para um futuro desembarque de astronautas.
O LCross, satélite de observação da cratera lunar, completou com sucesso sua primeira missão, segundo a agência. Com ajuda da gravidade da Lua, o equipamento fez uma manobra bem-sucedida para alcançar a posição que lhe permitirá gerar impactos no fundo de uma cratera próxima ao polo sul, no dia 9 de outubro. O objetivo é produzir uma massa de dejetos que será analisada, em busca de água congelada.
Durante a manobra feita hoje, os instrumentos de pesquisa foram acionados e calibrados, com o escaneamento de três crateras: Mendeleev, Goddard C e Giordano Bruno. Elas foram escolhidas porque oferecem uma grande variedade de terrenos e condições de iluminação. A sonda também escaneou o horizonte da Lua para confirmar se os instrumentos estavam alinhados.
Volta à Lua
O plano de exploração espacial da Nasa, que se encontra em revisão, prevê o retorno de seres humanos à Lua em 2019, a bordo de uma nova geração de naves que começou a ser desenvolvida após o desastre do ônibus espacial Columbia, em 2003.
A busca por gelo é parte da prospecção de terreno para uma futura base lunar. Ele seria recurso precioso, fornecendo não só água, mas também combustível e oxigênio. Isso reduziria o volume de insumos que precisaria ser lançado da Terra para sustentar os habitantes de um posto lunar.
A LRO (Orbitador de Reconhecimento Lunar) deverá ficar em órbita do satélite durante pelo menos um ano, fazendo leituras com uma série de instrumentos. Entre elas, mapear a distribuição de hidrogênio na Lua e avaliar o risco da radiação ambiente para os futuros astronautas.
Já a sonda LCross vai se dividir em duas seções, que colidirão, a uma velocidade de mais de 7 mil km/h, com o fundo de uma cratera, a fim de determinar se há gelo no local do impacto.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/